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Hermetismo (analogia) |
Uma canção em louvor ao Æon
Louvado sejas Tu, Oh Espírito, que se extende desde os Céus até a Terra,
e desde a Terra, que se encontra em meio a órbita do Cosmos, até os confins do Abismo !
Louvado sejas Tu, Oh Espírito, que adentra em mim, e que me encompassa,
e que impõe a Sí-próprio em mim, de acordo com o Desejo de Deus na bondade de Seu coração !
Louvado sejas Tu, Oh Início e Fim que a Natureza que não pode mover !
Louvado sejas Tu, Tu Liturgia infatigável dos Elementos da Natureza !
Louvado sejas Tu, Oh Tu Iluminação do Raio Solar que brilha para servir o mundo !
Louvado sejas Tu, Tu Disco brilhante da Lua, que brilha desigualmente !
Louvado sejas Tu, Oh Espírito de todas as eternas Estátuas dos Deuses !
Louvados sejam todos Vós, a quem os santos Irmãos e santas Irmãs saúdam dando-lhes as suas bênçãos !
Oh Espírito, Todo-Poderoso,mais poderosamente
circular e incompreensível, Configuração do Cosmos, ave !
celestial, etéreo, inter-etéreo, como a água, como a terra, como o fogo e como o ar,
como a luz, como as trevas, brilhante como as estrêlas húmido, quente e frio
Espírito !
Eu louvo a Tí, Deus dos deuses, que sempre restaura o Cosmos, e que sempre guarda a Profundidade sobre o seu Trono de Determinação que nenhum ôlho pode ver; que estabelece os Céus e a Terra separados, e cobre os Céus com suas infinitas asas douradas, e firma a Terra em Tronos infinitos !
Oh Tu que te projetas no Éter das Alturas vazias, e dispersa o Ar com Tuas rajadas, e que faz a água turbilhonar em círculos concêntricos !
Oh Tu que levantas o Redemoinho de fogo, e fazes o trovão, os ráios, a chuva e os tremores da terra.
Oh Deus dos Æons ! Poderoso és Tu, Senhor Deus, Oh Mestre de Todos !( Dos hinos de Hermes - anônimo)
Céus, Terra, e o Abismo, os tres mundos através dos quais o
Espírito, como Vishnu no Purâna, toma "três sobrepassos".
É o Espírito, o Grande Sôpro de Vida, que é expirado e inspirado nas multiplas
existências do homem.
Quando o Espírito expira ele nasce, da morte para a vida, e também da vida para a morte; pois a vida do corpo é a morte da alma. E quando o Espírito inspira ele morre, morto para os fins do corpo, mas vivo para os fins da alma.
E tudo isso acontece "de acordo com o Desejo de Deus na bondade de Seu coração." Pois o Desejo de Deus é a Energia, ou Trabalho Efetivo de Deus, - aquele que trasncende toda a noção humana de amor ditada pela bondade de Seu coração, que sempre deseja o bem de todos os seres, pois o Coração de Deus é o Próprio Bem, o Æon. O Æon não é nem o Início nem o Fim, mas ambos; pois todas as Esferas ou Sêres que energizam, terminam onde eles iniciam eles dançam numa eterna revolução, pois que seu local de eterna celebração está no Vórtex da Liturgia Incessante, ou Serviço dos Elementos. O Æon é a Causa da Magna Vorago, o Poderoso Redemoinho do Universo, pois ele é a Mônada ou Átomo Supremo de todos os átomos ou combinação de átomos. O Æon é a Iluminação da Fonte de Luz de todas as Luzes dos Céus, o Sol e a Lua e todo o resto das "Eternas Estátuas dos Deuses" os incontáveis sóis no espaço. O Æon é Espírito, de Luz e Vida compostos, e portanto Pai-Mãe de todos os Espíritos, cujos verdadeiros Corpos são as esferas flamejantes, os corpos siderais como os raios, como as estrelas.Portanto, os Irmãos e Irmãs desta comunidade de servos gnósticos de Deus, verdadeiramente louvam a todos os Deuses, pois esses Deuses são a verdadeira comunidade dos santos, dos sagrados nos Céus, mesmo que esses Irmãos e Irmãs busquem a santidade na terra, sagrados como eles são sagrados.
O Æon é o Grande Paradigma ou Exemplo Único de todas as coisas, a Eterna Configuração do Cosmos e todos os cosmos, em um setenário de três elementos quintessencias e quatro essenciais, os quais são completados pela Luz de todas as cores, e nenhuma cor, Trevas, em um década cujo Espírito é o início e o fim, existindo em três modos relembrando-nos do Truigunam, ou tripla natureza do Prakriti ou Natureza na teosofia Indiana húmido, quente, frio; preto, vermelho, branco; Tamas, Rajas e Sattva.O Grande Trabalho do Deus dos Deuses é resaturar perpétuamente o Cosmos, para reciclá-lo, refrescá-lo, renová-lo, em sua tríplice natureza de Altura, Largura e Profundidade endoderme, mesoderme e ectoderme, como se fosse, a célula-germe cósmica sobre a qual o Espírito floresce com suas infinitas asas douradas, como o Grande Pássaro que perpetuamente renasce do Ôvo do Universo.
E deste florescimento sempre vem a ser a cosmo-gênese perpétua de todas as coisas, e, vendo que todas as coisas provêm do Æon, cada qual e todas, em sua natureza cósmica, são também Æons, de forma tal que o Æon é também o Deus dos Æons.Ele é o Deus de milhões de anos, de milhões de meses, e milhões de dias seja a quem estes períodos de tempo perteçam, à terra ou ao universo é assim, Deus de todas as existências, Ele é Deus da Eternidade de todas as coisas.
(comentário de G.R.S.Mead)